Onde estão as praças e os parques de Foz?

Há um certo consenso entre quem mora em Foz do Iguaçu: a cidade precisa de parques, praças, áreas verdes, bosques e áreas de convivência.

É evidente também que estamos perdendo nesse quesito para outras cidades paranaenses quando o assunto é qualidade urbana. Sem nem citar Curitiba, o que seria injusto, em Maringá, Cascavel e Londrina, por exemplo, praças, parques, ciclovias, áreas de lazer e convivência são inauguradas sistematicamente e bem conservadas, mas aqui a regra tem sido o “quase abandono”, como no caso dos bosques e do Parque Monjolo, onde um solitário jacaré vive em meio à sujeira e à insegurança.

Me reservo ao direito de dar uma opinião sobre o tema e acredito que 4 ações poderiam contribuir em muito para melhorar a situação de Foz, ao menos emergencialmente:

1- recuperar e conservar os espaços já existentes, como o Bosque Guarani, o Parque Monjolo e o Parque do Remador, dentre outros. Com ações de adequação, acessibilidade e segurança, colocando em prática um grande plano de manutenção e zeladoria permanentes, gerando emprego, renda e bem-estar.

2- criar novas áreas verdes e de lazer, com estrutura adequada tanto para práticas esportivas quanto contemplativas, onde as pessoas possam sentar, conversar e desfrutar e experienciar a cidade de forma mais saudável e coletiva. Também, construir os chamados cachorródromos, para atender a crescente demanda que existe na cidade.

3- elaborar um projeto real e de qualidade para a prainha de Três Lagoas, local com capacidade de ser mais que um ponto de convivência e lazer, mas um novo atrativo para turistas, em especial da região. O lugar precisa de uma completa reformulação e de um plano de funcionamento constante e bem feito. O que muitos gestores vêem como uma dor de cabeça pode, na verdade, ser uma solução econômica e de lazer para toda uma região da cidade.

4- criar um novo plano de arborização mais adequado às condições térmicas de Foz do Iguaçu, criando corredores verdes – e de sombra – que possam tornar os trajetos ao ar livre mais atrativos e confortáveis, aliados à calçadas adequadas e seguras e ciclovias conectadas e segmentadas de forma correta.

A população de Foz sempre mostra que está disposta a utilizar e conservar essas áreas, basta ver como as pistas de caminhada da Avenida Paraná e da Avenida das Cataratas estão sempre cheias, e nossos bairros carecem de espaços para as famílias poderem aproveitar a cidade e se refrescar um pouco do calor intenso. Sem falar que áreas verdes ajudam na saúde pública e fazem Foz ser uma cidade democrática e turística e não apenas um local com pontos turísticos.

* Luiz Henrique Dias é professor, gestor público e mestrando na Unila.


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