Será que vamos ter a Foz do Iguaçu que a gente merece?

Foz do Iguaçu chega ao final de 2021 repleta de esperança, mas cheia de cicatrizes e desafios.

Foi um ano em que vivemos meses de agonia, esperando a chegada das vacinas que salvariam – não somente nossa economia mas – vidas.

Depois, avançamos rápido na imunização e tivemos a adesão maciça das pessoas que aqui moram, um sopro de vida para nossa cidade, que não aguentava mais viver essa pandemia. E ainda estamos lutando. E estamos vencendo.

Ao mesmo tempo que os leitos de UTI Covid se esvaziam os atrativos se enchem novamente, as fronteiras, aos poucos, reabrem com a segurança dos passaportes de vacinação, os turistas retornam, a nossa universidade federal programa a volta às aulas presenciais e a vida vai, aos poucos, voltando à certa normalidade.

Agora, olhando para 2022, qual será nosso caminho, nosso rumo? Será que vamos avançar ainda mais como cidade (não falo do turismo, que é nossa especialidade) e conseguiremos melhorar a vida das pessoas que habitam a Foz do Iguaçu real, dos bairros, dos loteamentos e das vilas?

Será que vamos vencer finalmente essa mancha histórica do transporte coletivo que acaba com nosso direito de ir e vir com cidadania e nos obriga a colocarmos carros e mais carros nas ruas todos os dias? E será que vamos conseguir melhorar nossa mobilidade ativa, com ciclovias e ciclofaixas conectados e com sombra, além de tornar nossa cidade mais acessível e mais adequada para todos e para todas?

Será que vamos ser mais inclusivos com nossos jovens? Ou vamos continuar perdendo para cidades como Cascavel, Joinville, Maringá e Chapecó, que oferecem oportunidades de empregos e qualidade de vida, levando embora quem a gente forma aqui?

Será que vamos garantir um sistema de renda cidadã e possibilidade do jovem empreender, de fazer girar a economia local?

E vamos conseguir oferecer opções culturais e de lazer para além dos circuitos turísticos?

Será que vamos ampliar a nossa capacidade de escutar o que os jovens querem ao invés de sempre acharmos que sabemos o que eles querem? Eis o desafio: ou Foz se torna uma cidade ainda mais atrativa ou a juventude vai embora, como já está indo.

E, para fechar esse ano, em que debatemos nesta coluna tantos e tantos temas da cidade, será que Foz do Iguaçu vai tomar as rédeas do protagonismo político que ela exerce no Paraná, no Brasil e no Mercosul, elegendo deputados estaduais e federais da cidade e contribuindo de forma ativa nos governos estadual e federal que virão ou vamos continuar com o pires na mão, pedindo emendas e agradecendo favores? Foz é grande. E 2022 será nosso grande ano!

  • Luiz Henrique Dias é professor e coordenador do Coletivo de Cidadania de Foz do Iguaçu.

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