A vacina como cura da economia

A economia é movida entre outros fatores, por pessoas. Diante de uma pandemia que afetou o trabalho e a saúde de uma grande parcela da população, na qual muitos passaram dias internados e outros infelizmente foram a óbito em decorrência do vírus, é imprescindível o poder da vacina em levar uma segurança para a saúde dos trabalhadores e consequentemente à economia. Nesta matéria, vamos trazer dados que refletem a importância da vacinação para a retomada econômica.

Algumas empresas privadas já sentem o reflexo da vacinação de seus quadros de funcionários, tanto que o empregado que se recusar a tomar a vacina pode ser demitido por justa causa. A razão vem de acordo com a norma da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que determina que o interesse coletivo deve estar acima dos interesses individuais.

O mesmo acontece em alguns órgãos públicos, como é o caso da prefeitura de Foz do Iguaçu, que determinou por meio de decreto a obrigatoriedade da vacinação de todos os servidores públicos do município. No decreto, a prefeitura diz que o servidor que se recusar a tomar a vacina estará cometendo uma falta disciplinar e pode ser punido conforme sanções do Estatuto do Servidor Público Municipal. A medida foi baseada na Lei Federal 13.979 de 2020, que determina ações para enfrentamento de emergência da saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus.

Um estudo realizado pela empresa Kantar, líder em dados e consultoria, no segundo semestre deste ano, concluiu que o público jovem é responsável pela maior parcela do consumo nas ruas. Em comparação ao mesmo período do ano passado, o consumo fora do lar foi a opção majoritária dos jovens entre 18 e 29 anos, das classes A, B e C. O impacto positivo representou uma alta de 0,8% no setor de alimentos e bebidas, como bares e restaurantes.

Pesquisadores da área de engenharia da NYU (Universidade de Nova York) em parceria com outras quatro universidades americanas e italianas afirmam que para uma flexibilização segura de atividades econômicas, é necessária a vacinação diária de no mínimo 1% da população contra a Covid-19.

O Relatório de Acompanhamento Fiscal (RAF), emitido pela Instituição Fiscal Independente (IFI), vinculado ao Senado Federal, aponta que a demora na vacinação contra o coronavírus pode comprometer a recuperação da atividade econômica no Brasil. O documento comprova que a receita primária cresceu 2,7% no primeiro bimestre de 2021 em comparação com 2020. Mas adverte que a continuidade na recuperação da receita primária depende da evolução da atividade econômica e do controle da pandemia.

Por meio de um estudo realizado pela Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia (SPE/ME) com base em dados de 30 países, conforme a aplicação de vacinas a cada 100 habitantes e os níveis de mobilidade para locais de trabalho, constatou-se que o aumento de 10 pontos percentuais na vacinação, representa respectivamente em média 0,13 pontos percentuais no crescimento econômico de um país.
Sendo assim, as projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) progrediriam 0,2 ponto percentual a cada 10% de população vacina.

Estes foram parte dos estudos e pesquisas que demonstram um panorama favorável para a economia de um país com uma população vacinada e segura. Se por um lado os órgãos competentes tem o dever de traçar estratégias de vacinação aceleradas visando o avanço seguro da economia, a população por sua vez deve aderir à campanha de vacinação com a crença que é o único caminho mais eficaz para retomada de um cenário pós-pandêmico.

* Mohammad Ali Fayad é estudante de jornalismo.


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