Experiências internacionais mostram a caminhada à normalidade com o avanço da vacinação.
Israel é hoje o país com a vacinação mais avançada contra o coronavírus. Tendo menos de 9 milhões de habitantes, em 1º de janeiro o país já havia vacinado mais de 10% da população, e mais um milhão de pessoas receberam a primeira dose da vacina entre o dia 1 e 13 de janeiro e, no início de feveiro, começou a flexibilizar atividades antes suspensas para controle da contaminação.Com quase metade da população imunizada, há reabertura da economia e baixos índices de contaminação. Bares, cafés ruas e hotéis normalizam seus serviços e em breve deve ser encerrado o uso obrigatório de máscaras em locais públicos no país que tem menos de 700 internados em estado grave.
Há pouco mais de um mês, as mortes por Covid-19 diminuíam de forma acelerada no Reino Unido. Eram registradas quedas de 62% entre pessoas com 80 anos ou mais, 47% entre 20 e 64 anos e 51% entre 65 a 79. O país com vacinação iniciada passava também por severas restrições de contágio.
Nos Estados Unidos, o mês de fevereiro marcou uma drástica queda do número de casos e mortes enquanto a vacinação avança. O governo Biden chegou a ser conclamado pelo ex-presidente Lula a convocar uma reunião do G-20 com urgência e pautar medidas para avanço da vacinação, tendo o ex-presidente também afirmado que, devido ao número de vacinas que o país norte-americano tem, poderia doar o excedente a outros países, como o Brasil. Empréstimos da vacina por parte dos Estados Unidos foram anunciados para México e Canadá, enquanto isso, nos Estados Unidos, a NBA vai flexibilizar os protocolos sanitários para os vacinados contra a Covid-19.
O exemplo dos três países demonstra a necessidade de medidas fortes para que o contágio seja realmente freado, dando tempo ao sistema de saúde para atender seus pacientes e salvar vidas. As medidas de isolamento requerem, no entanto, políticas de assistência que possibilitem a população manter-se afastada do trabalho. Com isso, há maior tempo para salvar vidas, mas o exemplo de Israel é claro, apenas com o avanço da vacinação é possível retomar a normalidade com segurança. O país colhe os frutos de ter investido cedo em vacinas e preparado logística eficiente para distribuição no território.
Para efeitos de comparação, o Brasil aplicou a primeira dose até o momento em quase 11 milhões de pessoas, e a segunda dose em pouco mais de 4 milhões, em uma população de 209,5 milhões, isso significa que quase 2% da população está vacinado e em vias de se tornar imune.
