por luiz henrique dias: o que os motoristas e as motoristas por aplicativos pedem é apenas o mínimo para sobreviverem
quero abrir com três destaques:
• Taxa zero durante 90 dias
• Antecipação do prêmio por produtividade anual
• Liberação de linha crédito para pagamento após a pandemia
esses foram os pedidos dos motoristas e das motoristas aplicativo para as grandes operadoras do serviço, buscando aliviar os impactos imediatos da pandemia na economia individual dos trabalhadores e das trabalhadoras desse segmento, a partir de um documento enviado pela federação dos motoristas por aplicativo do brasil.
veja, caro leitor, não se trata de solicitações absurdas e sem bom senso pois, traduzindo, falam “abram mão de um pouco de lucro e nos emprestem um pouco de dinheiro para que possamos sobreviver”.
há poucos dias, ainda no começo do isolamento, e muito antes do governo federal ou do congresso falarem na ajuda aos autônomos e às autônomas, seja por linhas de crédito ou seja por dinheiro vivo, já havíamos alertado a respeito do caos social que estava por vir. não porque prevemos o futuro, mas porque era uma obviedade.
nesta semana, e com a situação se agravando, a câmara dos deputados deu um importante passo em aprovar uma renda mínima e básica de r$ 600 a r$ 1.200 para pessoas desempregadas, microeempreendoras, autônomas e cadastradas nos programas sociais.
da mesma forma, é importante salvar as pequenas e as médias empresas, responsáveis pelo giro da economia real.
mas o ritmo do congresso, da presidência da república e das decisões políticas nem sempre é o ritmo da realidade diária das pessoas, em especial das mais pobres, e a condição de vida vai se deteriorando.
agora é hora do esforço deixar de vir do suor apenas do trabalhador e vir das mega empresas, como a uber, a 99 e outros grupos que construíam suas cifras bilhonárias à custa de modelos modernos de exploração.
e é hora dos mega ricos do mundo deixarem de ser tão mega ricos e dividirem um pouco suas fortunas surreais.
em 2008, os bancos e seus acionistas foram salvos e as pessoas deixadas à própria sorte, mas eram outros tempos e vivíamos em pleno emprego, com a economia melhor. hoje temos uma massa significativa de pessoas desempregadas e autônomas, a maior em 20 anos, e a crise vai produzir falência em massa e ainda mais pobreza.
e o governo federal tem que agir em duas frentes: colocar dinheiro no mercado e fazer com que quem tem muito também coloque. não pode existir individualismo nesse momento.
é hora de salvar as pessoas.
leia a íntegra do documento da FEMBRAPP clicando aqui
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