(por LUIZ HENRIQUE DIAS)
a cidade deveria ter um sistema de financeiro para os informais em momentos de crise
nossa cidade pode parar. diversos setores, e mais fortemente o turismo, já se preparam para os efeitos da pandemia de coronavírus sobre a economia de foz do iguaçu.
é evidente que os empresários do setor, os investidores das cias aéreas e grandes operadores estão preocupados com os cancelamentos e mesmo com o próprio congelamento do setor. e a imprensa tem dado o devido – e correto destaque – isso.
no entanto, com menor visibilidade da mídia, o grande estrago na economia de foz do iguaçu será no setor informal, atingindo diretamente os motoristas de aplicativos (como uber, 99 e garupa) e os guias turísticos. eles representam as categorias mais vulneráveis do setor e os grupos onde o impacto é praticamente imediato.
enquanto para o dono do hotel o quarto está vazio, para os motoristas e guias o que pode esvaziar é a geladeira e as panelas sobre o fogão, e depois o gás, a luz, a água e o aluguel.
nessas horas, a cidade, assim como acontece em locais onde catástrofes naturais causam destruição e perdas, precisa possuir mecanismos de amortecimento econômico.
para isso, devemos pensar em algumas soluções como:
1- criação do banco municipal de microcrédito emergencial para fornecer recursos a juros próximos a zero (ou zero) para categorias vulneráveis da cidade
2- cadastro geral dos trabalhadores informais, contendo dados e possibilitando a busca ativa das pessoas e a liberação de benefícios da assistência social
3- auxílio aluguel e auxílio alimentação para trabalhadores autônomos
são medidas que vão além das questões financeiras da cidade, mas de encontro à questões humanas e de respeito às pessoas.
uma cidade democrática se constrói com solidariedade.
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